O velho parece um plátano perdendo as folhas que formam um tapete de folhas mortas no chão.
A imagem me chamou a atenção pela sua expressiva poesia sobre a velhice.
Depois, a associação automática foi com o livro "O Outono do Patriarca" do Gabriel García Márquez.
O título reforça a história da decadência de um patriarca, figura típica do dono do poder baseado na força, na autoridade e na tradição.
À primeira vista, há um enfraquecimento desse poder patriarcal.
O velho patriarca morre e é substituído por algo que não é necessariamente o novo.
A seguir com a metáfora, vem depois a "primavera do patriarca".
O velho plátano, agora com folhas verdes, volta a dominar a cena.
A questão que eu coloco para meu caro e raro leitor é: como interromper estes ciclos autoritários?
Não esquecendo que este sistema de poder é exótico, tal qual o plátano.
Um bom início é a imagem de uma floresta tropical, rica em diversidade, dando vida a muitas espécies diferentes.
Pensando assim, até podemos dizer que a floresta é democrática, não?
Porto Alegre, 24 de junho de 2021.
Imagem: Pinterest
Edu Cezimbra
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