O Vagalume se apaixonou pela Lua.
Cheia, que quando Minguante o pequeno Vagalume nem via a Lua...
Uma noite de Lua Cheia pegou carona numa cauda de foguete, voou o mais alto possível, para declarar o seu amor.
- Ó, Lua, tu que és a mais bela estrela do céu, eu quero ser o Sol que te alumia.
A Lua Cheia, entre enternecida e divertida, não quis menosprezar o apaixonado Vagalume.
- Vagalume que me alumia, seria muito bom ser tua consorte, mas sou casada com a Terra.
- Com a Terra?!! - indagou, não conseguindo esconder sua confusão o pobre Vagalume.
- Sim, andamos juntas desde que nos formamos no curso de eternidades e, desde então, tenho muita atração pela Terra.
Percebendo a decepção do inocente Vagalume, a compassiva Lua Cheia procurou consolá-lo.
- Um vagalume só não consegue me iluminar, mas muitos fazem a noite mais romântica.
Foi depois disso que até a Lua Cheia se esconde atrás das nuvens para espiar os vagalumes a brilhar feito estrelas da Terra.
Moral da fábula: todos temos um brilho próprio.
Porto Alegre, 11 de dezembro de 2021.
Imagem: Luiz Carlos Crocamo, Google
Edu Cezimbra
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