A natureza quando respeitada é sempre selvagem mesmo quando doméstica.
Explico. Doméstica porque em casa, sem ser domesticada, selvagem por sua plenitude.
Sabe disso quem tem o privilégio de morar no mato...
A exemplo de quem mora em um sítio ou passa as férias em uma pousada na Praia do Rosa - bom, aí já é mais caro.
Outro lugar assim é ter uma casa com um terreno extenso na encosta de um morro com um limite de área construída.
Além do mato, bem perto, uma nesga de Guaíba refulge ao nascer e ao por-do-sol.
Outro privilégio é escrever esta crônica ao ar livre, no escritório do mato, ouvindo Cássia Eller acompanhada de uma orquestra de sabiás, caturritas e cigarras.
Nunca perdendo de vista o céu, entre as copas de árvores frondosas servindo de leques gigantes a nos abanar.
De repente, uma tesourinha voa atrás de um gavião carancho afastando-o do ninho!
E, muito importante, sem esquecer de retirar as folhas secas da calha...
Porto Alegre, 18 de deaembro de 2021.
Imagem: arquivo pessoal
Edu Cezimbra
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