O povo da América Latíndia, continente assinalado por Loyola, é preguiçoso, não gosta de trabalhar.
Não resta dúvida, é um povo amigo e hospitaleiro, entretanto ladrão e briguento.
A comparação é feita a partir de outro continente longínquo, porém balizador: a Europariana, chamemos assim.
O meu caro e raro leitor, atento, perceberá logo de cara que a maldosa comparação é de alguém que trata os indígenas como trata os eslavos, origem da palavra escravo.
Dito de outro modo: escravocratas que exploram povos amigos e hospitaleiros, aproveitando-se da superioridade dos armamentos, não de "raça" como alardeiam.
História velha e recente, ao mesmo tempo.
É que as classes patronais sempre querem mais e mais-valia...
Não basta o sangue e o suor querem as lágrimas dos oprimidos para os manterem assim.
O que os deixa em estado de sítio é quando os indígenas, eslavos e outros "aborígenes" não aceitam mais suas ordens e recuperam seu modo de vida em suas ex-colônias.
Perceberá o leitor e leitora que a pecha de vagabundos, ladrões e bandidos cai como uma luva, ou melhor, um tapa de luva, nessa casta parasitária.
Por isso, quando um destes parasitas reclamar que o povo não trabalha porque não gosta pergunte se ele trabalha ou vive do trabalho alheio.
Porto Alegre, 20 de março de 2022.
Imagem:Charges Ululantes, Brasil de Fato, Google
Edu Cezimbra
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