"Na dúvida não ultrapasse."
Um aviso e tanto...que tantos ultrapassam sem dúvidas até encontrar a certeza de uma morte estúpida em um acidente na estrada.
A maioria dessas vítimas tem tudo muito calculado, planejado, esmiuçado, na certeza de que assim não haverá margem para erros.
Ledo engano, como sabemos.
A dúvida é um benefício na maioria das vezes (em benefício da dúvida, se diz) para impedir ultrapassagem temerárias.
O que é extensivo a princípios éticos e valores morais na sociedade, na política e em toda situação que envolva decisões que afetam muitas pessoas.
É comum dizer das “razões de estado” sem falar das emoções que as ultrapassam e são as verdadeiras causas de tantos desastres.
Por exemplo, um senador de um estado do norte diz-se arrependido de ter votado a favor do impeachment da presidente Dilma.
Será que quando votou teve dúvidas? Duvido…
Então, na dúvida não ultrapasse o princípio básico da justiça: “in dubio pro reo” (na dúvida julgue em favor do réu).
Aqui entre nós, ano eleitoral, muitos vão se declarar arrependidos, para tentar não perder eleitores.
Aí sim, a dúvida dos políticos a cada eleição: - Serei reeleito?
Pois querem prosseguir na “carreira” (isso poucos políticos tem dúvidas).
Até aí, nenhuma surpresa…
O que me surpreende são os eleitores, que chegam na urna cheio de dúvidas, e terminam votando sempre nos mesmos.
Chico Whitaker, em artigo para “Diplô Brasil” escancara a questão:
“ A representação parlamentar não pode se prolongar por tempo indefinido. Representação não é profissão , mas da forma como está hoje se transformou em emprego vitalício, criando a síndrome da reeleição. Estar no Parlamento tantas vezes quanto for possível passou a ser um objetivo a ser atingido a qualquer custo, inclusive ético.”
Como podes constatar, caro e raro leitor, quando se trata de garantir sua reeleição, o eterno candidato ultrapassa qualquer coisa, até o princípio ético, sem dúvida.
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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