Norman Mailer escreveu o romance “Os Nus e os Mortos” ambientado em uma remota ilha do Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.
Nessa ilha fictícia chamada Anopopei tropas do exército dos EUA e do Japão travam renhidos combates pelo seu controle.
Mailer caminha por entre a tropa bivacada na praia e vai registrando os pensamentos e emoções de soldados e de graduados, até chegar nos oficiais, e no general, que comanda a divisão do exército dos EUA.
Centra fogo em um pelotão de reconhecimento comandado por um sargento durão e seus comandados, ao mesmo tempo em que narra o conflito moral entre o despótico general e seu ajudante-de-ordens, um tenente idealista.
No decorrer das ações vai traçando a história de cada membro do pelotão enquanto ocorrem os debates intelectuais entre o general e o tenente.
Impressiona a capacidade de ir adentrando na mente e coração dos personagens, cada qual completamente diferenciado um do outro.
A tal ponto que chega a retratar o modo de falar e agir de cada um, emprestando traços peculiares aos diálogos, desnudando suas crenças e preconceitos arraigados.
O que torna “Os Nus e os Mortos” uma obra-prima é essa dissecação radical da alma humana após o confronto com a dor, o sofrimento e a morte.
Na guerra os homens estão em contato direto com a morte. Os nus ainda estão vivos, os mortos de ambos os lados estão uniformizados.
Não é um romance pacifista, seus personagens guerreiam entre si e consigo mesmo. Às vezes recorda os conflitos expostos no filme de guerra "Apocalypse Now", baseado no romance “Coração das Trevas” de Joseph Conrad.
Parece que Copolla, o diretor de Apocalypse Now, leu muito “Os Nus e os Mortos” pelas sequências dramáticas acentuadas com conflitos viscerais pelo poder.
Mailer caminha por entre a tropa bivacada na praia e vai registrando os pensamentos e emoções de soldados e de graduados, até chegar nos oficiais, e no general, que comanda a divisão do exército dos EUA.
Centra fogo em um pelotão de reconhecimento comandado por um sargento durão e seus comandados, ao mesmo tempo em que narra o conflito moral entre o despótico general e seu ajudante-de-ordens, um tenente idealista.
No decorrer das ações vai traçando a história de cada membro do pelotão enquanto ocorrem os debates intelectuais entre o general e o tenente.
Impressiona a capacidade de ir adentrando na mente e coração dos personagens, cada qual completamente diferenciado um do outro.
A tal ponto que chega a retratar o modo de falar e agir de cada um, emprestando traços peculiares aos diálogos, desnudando suas crenças e preconceitos arraigados.
O que torna “Os Nus e os Mortos” uma obra-prima é essa dissecação radical da alma humana após o confronto com a dor, o sofrimento e a morte.
Na guerra os homens estão em contato direto com a morte. Os nus ainda estão vivos, os mortos de ambos os lados estão uniformizados.
Não é um romance pacifista, seus personagens guerreiam entre si e consigo mesmo. Às vezes recorda os conflitos expostos no filme de guerra "Apocalypse Now", baseado no romance “Coração das Trevas” de Joseph Conrad.
Parece que Copolla, o diretor de Apocalypse Now, leu muito “Os Nus e os Mortos” pelas sequências dramáticas acentuadas com conflitos viscerais pelo poder.
Norman Mailer tinha a pretensão declarada de escrever o melhor romance sobre a Segunda Guerra Mundial.
Foi além, pois escreveu um romance sobre a nossa sofrida condição humana, desesperada e insignificante.
Porto Alegre, 29 de março de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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