quinta-feira, 7 de junho de 2018

A cascata do fim do mundo


Quando do início das “grandes navegações” havia o temor de o mundo ter um fim…

Os navios despencariam em um abismo sem fim. Dá para imaginar o pavor que tomava conta dos marinheiros quando se afastavam do litoral.

Os capitães tinham que encontrar maneiras de acalmar os marujos:

- Vigia, se ouvires a cascata do fim do mundo gritarás “cascata do fim do mundo à vista”!

- Senhor, muito comprido este grito, pode não dar tempo de dar marcha a ré…

- Muito bem, então grites apenas “é cascata”!

O fim do mundo é “cascata”, sabemos nós, mas ainda há quem acredite na Terra Plana…

Além dos “crentes” tem outros que acreditam na “terra plana”… Estão aí os engenheiros com as suas infames “terraplanagens” acabando com a paisagem ondulada.

Em compensação um agricultor ou agrônomo usa as “curvas de nível” para plantar.


Na frase acima “o fim do mundo é uma cascata”, vemos como um escritor ou poeta se vale das figuras de linguagem tais como as metáforas, hipérboles, pleonasmos, entre outras.

O que me leva a perguntar: - será que a crença apocalíptica do fim do mundo tem a ver com esse temor dos marinheiros em cair em uma cascata?

O fato é que hoje temos muitos navegadores caindo em “cascatas”… basta ver a quantidade de “fake news” e “frases de efeito” ditas especialmente por um candidato a presidente.

Espertalhão , o candidato abusa de frases de efeito, já que essas só tem o efeito de agradar os ouvidos de quem as gosta de escutar.

Portanto, caro e raro leitor, melhor ficar bem atento às frases de efeito de quem não quer debater, porque é provável que com a "cascata do melhor dos mundos", acabe com todo e qualquer debate se eleito...

Porto Alegre, 7 de junho de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra


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