O Castelo olha de
cima a Choupana.
- Não te enxergas,
plebeia, vir morar ao meu lado?!
A Choupana se
encolhe ainda mais e responde humilde:
- Perdão, meu nobre
senhor, mas meus pobres moradores são servos do “seu” barão.
- E porque não vão
morar no “ Minha Choupana, Minha Vida” do outro lado do fosso?! -
replica o indignado Castelo.
- Meus moradores
estão muito felizes em estar tão próximos de “sua
magnificência”, tenta agradar a pequena Choupana.
- Felizes, como
assim? O que é “felizes”, desconheço isso… confessa o
altaneiro Castelo.
- É que eles passam
o dia contentes fazendo suas tarefas porque não precisam pegar a
diligência lotada da aldeia até “sua excelência”…
- Felizes,
contentes, explique-se mulher, não enrole, o que significa tudo
isso, algum feitiço?!
- Perdão, “sua
alteza”, mas com todo o respeito, se o nobre senhor não sabe o que
é ser feliz e contente, de que lhe adianta ser tão grande e
imponente?
Nesse momento um
raio fulminante derrubou a torre mais alta do Castelo junto com seu
orgulhoso barão e o Castelo entrou em profunda depressão.
Moral da fábula:
“não construa castelos no ar antes de ter os pés na terra”.
Porto Alegre, 6 de julho de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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