sexta-feira, 6 de julho de 2018

O Castelo e a Choupana


O Castelo olha de cima a Choupana.

- Não te enxergas, plebeia, vir morar ao meu lado?!

A Choupana se encolhe ainda mais e responde humilde:

- Perdão, meu nobre senhor, mas meus pobres moradores são servos do “seu” barão.

- E porque não vão morar no “ Minha Choupana, Minha Vida” do outro lado do fosso?! - replica o indignado Castelo.

- Meus moradores estão muito felizes em estar tão próximos de “sua magnificência”, tenta agradar a pequena Choupana.

- Felizes, como assim? O que é “felizes”, desconheço isso… confessa o altaneiro Castelo.

- É que eles passam o dia contentes fazendo suas tarefas porque não precisam pegar a diligência lotada da aldeia até “sua excelência”…

- Felizes, contentes, explique-se mulher, não enrole, o que significa tudo isso, algum feitiço?!

- Perdão, “sua alteza”, mas com todo o respeito, se o nobre senhor não sabe o que é ser feliz e contente, de que lhe adianta ser tão grande e imponente?

Nesse momento um raio fulminante derrubou a torre mais alta do Castelo junto com seu orgulhoso barão e o Castelo entrou em profunda depressão.


Moral da fábula: “não construa castelos no ar antes de ter os pés na terra”.

Porto Alegre, 6 de julho de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra

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