"A tarefa da filosofia não é fornecer respostas ou soluções, mas sim submeter as próprias perguntas ao exame crítico; de nos fazer ver como a própria forma pela qual percebemos um problema é um obstáculo para sua solução. Assim, pode-se dizer que a principal função do intelectual público hoje é fazer com que as pessoas façam as perguntas certas."— Slavoj Žižek
O
filósofo é o que faz as perguntas que não são feitas pelo senso
comum.
Um
bom filósofo faz perguntas tais como “para que você está
estudando?”
-
Péra, essa pergunta é muito banal!!!
Deixa
eu concluir, caro e atento leitor! A pergunta é seguida de outra:
“Para destruir a natureza e no fim destruir a própria vida?”,
questiona José Luiz Xavante, como um bom filósofo.
Vem
daí outra pergunta filosófica: “Quem é que estamos formando para
ser nossos representantes legais e quais os conceitos e preconceitos
com que essas pessoas estão saindo da academia?”, essa formulada
por Stella Paiva, uma estudante negra, cotista do Curso de Direito da
UnB.
Pedro
Casaldáliga pergunta em um poema sobre o Natal:
-
Sentinela, o que há da noite?
O
que há da crise?
-
De onde perguntas?
Perguntas
desde a fome
ou
desde o consumismo?
O
grito dos pobres
sacode
tuas perguntas?
“Porque
o branco não pensa nos outros?”, responde com outra pergunta
filosófica
a
parteira Kaingang Iracema Gãn Té Nascimento.
Então, caro leitor, temos ou não temos bons filósofos e filósofas no Brasil?
Porto Alegre, 16 de agosto de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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