- Formem grupos de
cinco!, a ordem da professora foi alegremente obedecida pela turma.
Sempre era uma
alegria para os alunos saírem da posição linear da sala de aula
para uma formação diferente.
Os grupos iam se
formando por afinidades ou mesmo por proximidade de carteiras.
- Não arrastem as
cadeiras, juntem as classes, berrava a professora em meio da
entusiasta bagunça gerada pela ordem.
Pano rápido.
Pensemos, o que faz que a formação de grupos em uma sala de aula
gere tanto alvoroço?
Vamos observar um
dos participantes de um dos grupos que se chamará José com a
vantagem de lermos seus pensamentos.
- Vou aproveitar e
convidar a Maria, mais Adão e Eva e, quem sabe, Jesus também
aceite participar do nosso grupo. Já tenho até nome pro grupo:
“Grupo da Bíblia”...
Voltemos à sala de
aula, onde a professora propõe o "trabalho em grupo".
- Muito bem,
silêncio!, agora cada grupo vai escolher um livro e após a leitura
individual vão fazer um resumo em grupo.
- Ah, profe, assim
não vale! - reclamam alguns, mais extrovertidos. - Se cada um tiver
que ler o livro não vai ser trabalho em grupo.
Uns alunos, mais
introvertidos, pensam com os botões de seus aventais, entre eles
Jesus: - vai sobrar pra mim esse "trabalho em grupo", como sempre...
Sabem muito bem os
introvertidos, que não são os populares, mas que para isso foram
chamados para os grupos: para fazer o trabalho do grupo…
Porto Alegre, 8 de agosto de 2018.
Imagem: cena do filme "Pro dia nascer feliz"
Edu Cezimbra
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