terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Não verás país nenhum

Após um rápido giro por países e grandes cidades europeias, imbatíveis em sua arquitetura e história, constatei que o que nos diferencia mesmo é a nossa natureza sem igual, um patrimônio natural paisagístico pouco valorizado pelos brasileiros, excetuando nossos indígenas e poetas românticos.

Quem viaja pelo Brasil, atento a paisagem, pode constatar que a destruição do meio ambiente faz parte da cultura dominante. O que essa cultura não previa eram as trágicas consequências desta devastação ambiental para a própria sobrevivência da mesma.


Aliás, se não temos um patrimônio histórico e arquitetônico também é pelo total descaso com o mesmo da parte de governos e sociedade.


O pouco que temos de centros históricos como o de Salvador, na Bahia, ainda é ameaçado pela especulação imobiliária que pretende demolir 500 sobrados antigos para construir "hotéis de luxo".


Ocorre o mesmo com nossos biomas - de uma biodiversidade inigualável no mundo -, totalmente entregues ao latifúndio e ao agronegócio.


A seguir nesse ritmo avassalador de destruição o livro de Ignácio Loyola Brandão, “Não verás país nenhum”, breve se tornará uma trágica realidade...

Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra

Nenhum comentário:

Postar um comentário