Quero viajar em uma cápsula
A um tempo espacial e temporal
Para parar o tempo e deter o infernal
E a natureza retornar sem bula.
Uma viagem além do tempo e do espaço
É jornada sem rumo e sem retorno
Onde o aqui e agora é o bagaço
De cana que queima no forno,
Para assim gerar a espessa fumaça
De cortina para efetivar o estorno
E varrer do mapa toda ameaça
Para a vida que se ressente
De uma chance em que renasça
Da cinza quente do presente.
Porto Alegre, 27 de novembro de 2020.
Imagem: Vladimir Kush, Google
edu cezimbra
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