Uma pequena aranha descansava após a árdua tarefa de tecer a sua teia.
Em torno da teia voejava uma irrequieta mosca.
- Coitadinha de ti, aranhazinha, encolhida nesta teia mixuruca, enquanto eu ensaio altos voos!
A aranha, impassível, apenas coçou suas pinças sem, ao menos, encarar a exibida mosca com seus olhos grandes.
Bastou isso para que a mosca se alvoroçasse ainda mais...
- Deves ser uma dessas aranhas mortas de fome pois vejo que estás com a teia vazia - zombou a mosca debochada.
A aranha, em resposta, apenas levantou uma das patinhas, o que chamou a atenção da mosca importuna.
- O quê?!! Podes falar!
Nesse instante uma forte lufada de vento jogou a incauta mosca contra a teia.
Foi só depois que a aranha falou:
- Eu só estava testando a direção do vento e me preparando para te comer, até porque não se fala de boca cheia!
Moral da fábula: não mexa com quem está quieto, pode estar armando o bote.
Porto Alegre, 13 de agosto de 2021.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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