"Se o cotidiano lhe parece pobre não o acuse e acuse a si próprio de não ser muito poeta para extrair suas riquezas".
A citação de Rainer Maria Rilke me remete à outra de Fernando Pessoa: " o que vemos não é o que vemos, senão o que somos."
Manoel de Barros cantava as insignificâncias da vida enriquecendo-a.
Cora Coralina poetizava as agruras da vida bebendo vinho., seguindo o conselho de Baudelaire: "embriague-se de vinho, virtude ou poesia" (não necessariamente nessa ordem).
Nietzsche balançaria a cabeça aquiescendo: estão vendo? o eterno retorno dionisíaco.
Este humilde escrivão das letras conclui para alívio do meu caro e raro leitor: antes só vinho que preocupado...
Porto Alegre, 10 de outubro de 2024.
Imagem: Lúcia Hiratsuka, Google
Edu Cezimbra
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