A escritora Carla Madeira, autora da obra-prima "Tudo é Rio" brindou seus ouvintes em mesa da FLIP 2024 com esta reflexão:
"Perdoar para que não se repita; esquecer para não atualizar a dor" com o seguinte adendo: "perdão não é impunidade."
O que me leva a pensar que perdão não é anistia...
O perdão é individual; a anistia é coletiva.
O indivíduo é aprendiz e o coletivo aprendizagem.
Aprendizagem é social e o individual é particular.
O esquecimento protege a vítima mas garante a impunidade, ou pior, permite a repetição do passado.
Portanto, a anistia do algoz é atualizar a dor da vítima.
Só a justiça consola enquanto a impunidade revolta...
Porto Alegre, 13 de outubro de 2024.
Imagem: monumento Tortura Nunca Mais
Edu Cezimbra
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