O escritor Erico Verissimo contou em uma entrevista, há anos atrás, que gostava de "tirar a sesta" embalado pelas músicas clássicas da Rádio da Universidade.
Não contou toda a verdade...
Agora, na comemoração de 60 anos da Rádio da Universidade (UFRGS), seu filho, Luis Fernando, revela que seu pai também escutava a rádio enquanto escrevia.
Como escritor que se preza ele gosta de uma tirada espirituosa, conclui afirmando que a rádio sexagenária também tem "essa qualidade de ser música de fundo para a criação literária".
Concordo totalmente! - Longe de mim me comparar ao talentoso Erico Verissimo, mas confesso que também gosto muito de escrever ouvindo música clássica sintonizado na mesma rádio.
O meu velho pai, que não é escritor, mas também gosta de um dito espirituoso, diz que quem escuta música clássica é "metido a besta"...
Lembro que ele ficava indignado na Sexta- Feira Santa, quando a única rádio de nossa cidade tocava somente música clássica - "música de defunto" - reclamava ele.
Felizmente não segui o seu veredicto (ressalvo que para outros gêneros musicais tem bom gosto) .
Descobri essa rara opção de rádio quando me mudei para Porto Alegre há mais de 30 anos, e sintonizei nos "1080 AM".
Desde então passei a ouvinte assíduo, pois gostava de ler ouvindo música clássica (e sestear também).
Após, como profissional da saúde, descobri os benefícios para a saúde da música erudita.
E, agora, como escritor, também recomendo a música clássica como fonte de relaxamento e abertura mental.
Para quem se interessar, o link para escutar a Rádio da Universidade é este:
http://www.ufrgs.br/radio/
Aproveito para deixar aqui meus parabéns pelos 60 anos de funcionamento da primeira rádio universitária brasileira, extensivo a todos que fazem da Rádio da Universidade uma emissora tão diferenciada, desejando que prossigam com a programação musical especialíssima!
Porto Alegre, 29 de setembro de 2017.
Foto: Leonid Streliaev
Edu Cezimbra
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