quarta-feira, 21 de março de 2018

As datas e a história



Muitos estudantes associam o estudo de história às datas  históricas: - que chatice ter que decorar datas. Não é verdade? 

- Não, para quem gosta de História...


As datas históricas estão escritas em livros ou revistas de História.


Livros sem datas não existem, aliás (já não se pode falar o mesmo de revistas)...


Um livro sem data é um livro sem história? - Não exatamente...


Já uma data sem livro não tem história.


Uma agenda, por exemplo, tem muitas datas, mas não tem história.


Até ser preenchida - diria o meu atento e raro leitor.


Até certo ponto, descontando os rabiscos e desenhos...


Uma data em um calendário é outra data que não tem história.


Já uma data histórica não tem calendário (a não ser os feriados nacionais).


Há também datas que são evitadas: 1º de abril, Brasil! 


Deixa em 31 de março, para não ficar tão evidente a mentira...


O 13 de maio não é muito comemorado, prefere-se o 20 de novembro.


Portanto, as datas são históricas, mas o que vale é a história das datas.


Algumas datas são escolhidas para lembrar uma causa, um ideal ou um acontecimento.


Pode se questionar dizendo que todo dia é dia do índio, da mulher, que a consciência é humana, etc, etc...


O que é inquestionável é que temos datas históricas, sim, para que a história não seja esquecida, porque aí corremos o risco de repetirmos erros históricos como os que testemunhamos agora...



Porto Alegre, 21 de março de 2018.

Imagem: arquivo pessoal

Edu Cezimbra

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