quinta-feira, 15 de março de 2018

O Imperador e o General


Em um império muito, mas muito distante, reinava um imperador, obviamente.

Fique bem entendido que esse imperador era considerado um deus por todos os seus súditos.

A devoção era total, a obediência cega e a hierarquia perfeita.

Como em todo império que faça jus ao nome, uma guerra foi iniciada para aumentar os domínios do império. 

Note bem, do I-M-P-É-R-I-O, não do imperador, entenda logo.

Por que estou frisando isso? Porque a história reza que o imperador tinha um papel cerimonial, em outras palavras, decorativo.

Como assim, não entendeu?! É fácil, presta atenção, como essas estátuas que ficam nas igrejas, entendeu agora?

Pois bem, para encurtar a história e não te entendiar, acontece que o general e seu exército de devotados e obedientes seguidores  perderam a guerra.

Não, não ao general, eram devotados e obedientes ao imperador, lembra?

Sim, o imperador era decorativo, sei. Acontece que ele era utilizado para obter obediência cega ao general, note bem...

Não tem nada de confuso!!! Quer ouvir o final da história, ou não?!!

Então, os seus guerreiros, que eram súditos leais, cometeram os crimes mais abomináveis em nome da devoção a um deus.

Por isso foram a julgamento e jogaram toda a culpa no imperador.

Para tu veres, quando se trata de salvar o pescoço vale tudo, até oferecer uma  cabeça coroada para cortar.

Moral da história? Quando o imperador não serve mais. um general ocupa o seu lugar. Poder não rima com amor...


Porto Alegre, 15 de março de 2018.


Imagem: Google

Edu Cezimbra

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