A filosofia de
Nietzsche foi instrumentalizada pelos nazistas, durante a Segunda
Guerra Mundial, para justificar todos os seus crimes contra humanidade
como o “Além do homem da luta final alemã”.
Já era motivo para
Nietzsche chorar…
Antes da guerra,
porém, filósofos da “Escola de Frankfurt”, em especial Adorno e
Horkheimer, já se referenciavam em Nietzsche para embasar a obra
“Dialética do Esclarecimento”.
A dialética se
daria entre a razão e os mitos … Até aí tudo bem, acredito que
Nietzsche não se afogaria em lágrimas.
Como estamos lidando
com filósofos, o meu caro e raro leitor já desconfia que a coisa
não parou por aí…
Sim, o debate
continuou em um programa radiofônico, imagine!
Para ter uma noção
da importância da filosofia nietzscheana o debate gira em torna da
sua contribuição à crítica da filosofia em si, sendo Nietzsche
equiparado a outro grande filósofo alemão, Karl Marx.
Para Horkheimer o
“Além-do-homem” é uma alegoria da revolução preconizada por
Marx!
O “erro” de
Nietzsche foi ter considerado o trabalho escravizante ao invés de
emancipador.
Além disso, sua
filosofia teria aberto o caminho para a pós-modernidade a partir de
sua influência na obra “Microfísica do Poder” de Foucault.
Desconfio que
Nietzsche teria chorado abraçado em Foucault ao ouvir do além-túmulo
essa crítica…
P.S.: livremente
inspirado no artigo “Amor Fati Prisioneiro. Horkheimer e Adorno
lêem Nietzsche”, de Gerard Schweppenhäuser, na Revista Cult.
Porto Alegre, 22 de junho de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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