“Jeitinho
brasileiro”, podemos até falar em uma instituição genuinamente
brasileira, “made in Brazil”, tamanho seu alcance no imaginário
popular.
- Quem não chora
não mama, cara!
Aí, quem sabe o
“jeitinho brasileiro” não tenha mesmo origem na puericultura, vá
saber…
Aliás, já viu uma
criança falando com a mãe com uma carinha pidona: - Ah, mãe, me
dá…Ah, me dá, mãe...
Assim, entre o buá
e o ah tem um dádádá… - um jeitinho “meigo”?
Muitos creditam ao
“jeitinho brasileiro” as mazelas nacionais, será mesmo?
Vejamos: o “jeitinho
brasileiro” nestes casos é diretamente associado à tão combatida
quanto praticada corrupção.
O ato de “furar”
uma fila no banco é tão grave quanto guardar malas de dinheiro
desviados do banco.
O “gato” na
fiação elétrica ou na TV a cabo é mais criminalizado que a
privataria tucana que deu um “gato” nas empresas estatais
brasileiras.
Aqui já dá para se
perceber a tentativa de dissimular a grave iniquidade que assola o país
e cria tantas perversidades.
- Fazem o “jeitinho brasileiro” parecer brincadeira de criança mesmo...
Tanto que chegam
a imputar a culpa pelo “jeitinho” aos negros escravizados no
Brasil.
Chegam ao ponto de
culpar os africanos pela escravização, um “jeitinho brasileiro”
na história da colonização e espoliação da África pelos
portugueses e europeus.
Então, meu caro e
raro leitor, será que o Brasil não tem jeito porque tem “jeitinho brasileiro” ou tem “jeitinho brasileiro” porque não tem jeito?
Digo mais: melhor
responder logo estas questões pois vem aí mais uma eleição
presidencial com o típico “jeitinho brasileiro” dos políticos...
Porto Alegre, 16 de julho de 2018.
Charge: Angeli
Edu Cezimbra
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