Mais uma "película" mexicana que abala as estruturas do pensamento único.
O que faz "Ya No Estoy Aquí" ser tão impactante é a própria história do México e dos EUA, além de ser um bom filme, claro.
Visto dessa forma: quando a crise se torna histórica aparecem as alternativas, embora derrotadas, ou, se quiserem, desprezadas.
Para o cinéfilo brasileiro, interessado em culturas da periferia, a analogia é com as batalhas do pezinho nas favelas cariocas.
A grande surpresa deste filme é que a juventude da periferia de Monterrey curte música folclórica latino-americana, entre elas a cúmbia e outros ritmos batizados por ela de "colombianas" com uma pegada de "street dance".
Além disso, suas indumentárias e comportamento são tribais.
As disputas ocorrem entre as tribos, as "pandillas", e são um dos pontos altos do filme.
"Los Tercos" é o significativo nome da turma de Ulisses, o protagonista do filme.
Como sugere o título espanhol da "película", Ya No Estoy Aquí", esta nos mostra uma triste realidade do México e de todos os países latino-americanos dominados pelo "mainstream".
Porto Alegre, 15 de outubro de 2021.
Imagem: cena do filme, Google
Edu Cezimbra
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