Ao contar a singela história da minha ida à escola com o bolso cheio de barrinhas de chocolate Refeição (que chegavam derretidos ao destino), minha neta Íris saiu-se com essa "lenda urbana" familiar:
- Vô, eu sempre achei que tu tinhas nascido de uma caixa de chocolate...
Essa anedota da primeira infância de minha neta e da minha ela ouviu de seus bisavós.
Era uma noite de temporal e "chovia torrencialmente pelas 'calles' do Alegrete"...
O pequeninho entrou no caixote de chocolate Estância Velha e atacou vorazmente as barras enormes, recém-chegadas ao bolicho de meu pai.
Enquanto relampejava e trovejava e "caia as águas", meus pais me procuravam, apavorados com o sumiço do seu primogênito.
Bem quietinho, dentro do caixote de chocolate, eu assistia de camarote o entra e sai no bolicho, todos em busca do filhinho perdido.
Depois de muita procura (e muito choro da minha mãe), um empregado do meu pai me achou, escondido dentro do caixote de chocolate, lambuzado com muitas barras do delicioso Estância Velha.
Pois não é que minha neta tem lá sua razão: eu nascera, de novo, direto do paraíso do caixote de chocolate Estância Velha...
Porto Alegre, 15 de setembro de 2024.
Imagem: Pinterest
Edu Cezimbra
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