O novo é manhã de primavera nascendo verdejante com canto da passarada assanhada pela vida.
Se a vida fosse só primavera não seria vida mas eterna juventude.
Se a vida fosse uma eterna primavera seria ideal mas monótona; mais, seria inviável.
Só reconhece a primavera quem conhece o inverno.
A juventude é primavera que não conheceu o inverno.
O jovem é o velho de amanhã. O velho é um jovem que sobreviveu.
Nem tudo serão flores. Há que polinizar ideias para que frutifiquem. A juventude só dará frutos se amadurecer.
O velho é um polinizador quando transmite ideias. Há que valorizar a experiência quando acompanhada de sabedoria.
O inverno é uma experiência de recolhimento. Daí brotará a sabedoria.
É preciso dar tempo e espaço para que a juventude aprenda com a velhice que é sábia.
Que venha a primavera valorizada por um longo e rigoroso inverno!
Porto Alegre, 29 de agosto de 2018.
Imagem: Oleg Shuplyak
Edu Cezimbra
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