O que mais?,
pergunta clássica entre homeopatas treinados na arte de investigar a
história clínica de um paciente. A pergunta tem o propósito de
evitar respostas “sim” ou “não”, que dizem pouco dos
pacientes.
Mais alguma coisa,
freguês?, pergunta frequentemente usada por balconistas após
atender um pedido de cliente. A pergunta é feita com o intuito de
prosseguir ou não o atendimento e a resposta pode ser “só isso” ou “isso ou aquilo” (que pode ser a quilo ou a litro).
Curioso, não?
Homeopatas e vendedores não tem nada em comum mas se valem
usualmente quase que da mesma pergunta.
O primeiro com o
intuito de não forçar respostas direta; o segundo desejando
respostas objetivas para apressar a fila.
Para que tantas
perguntas? deve estar se perguntando o meu caro e raro leitor.
Todas essas
perguntas para perguntar: o que está acontecendo aqui?! Assim mesmo,
com uma pontuação de perplexidade porque o momento é mesmo de
muita perplexidade, ao menos para intelectuais como juristas,
filósofos e sociólogos.
E para este humilde
blogueiro metido a escritor e poeta…
Será que perdemos a
noção de realidade? Estaremos vivendo uma alucinação esquizofrênica coletiva?
O que andamos bebendo ou fumando?!…
Sigo me perguntando:
a quem interessa tantas mentiras descaradas e tantas manipulações
da opinião pública?
Dizem que quando se
pergunta algo é porque já temos a resposta. Pode ser, mas aqui concluo com outra pergunta que não pede uma resposta objetiva pela
complexidade do “paciente”: o que mais pode acontecer nesse país tão esquizofrênico?
Outra coisa: não
venham me perguntar “mais alguma coisa, freguês?” porque perderam o “freguês”...
Porto Alegre, 6 de abril de 2018.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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