"Além, muito além daquela serra, que ainda azula no horizonte, nasceu Iracema. Iracema, a virgem dos lábios de mel, que tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna e mais longos que seu talhe de palmeira."
Iracema, virgem dos lábios de mel...
Bela descrição de José de Alencar dos lábios de Iracema unidos por longos cabelos negros.
Iracema, nua, depois do banho, encontrou um desconhecido.
Era bela Iracema nua...
Martim, paralisado, segurou firme sua espada rígida.
Iracema era virgem mas não era inocente.
Fez o que toda mulher faz nessa hora: olhou seu passarinho com fingido desinteresse.
Martim, atingido pela flecha do Cupido caiu nos braços de Iracema e se acabou num mar de leite.
Foi longo o romance - gerou dois filhos da floresta -, mesmo assim teve seu fim tão logo começou (assim como essa paródia)...
Porto Alegre, 13 de junho de 2025.
Imagem: capa de Iracema, Ed. Ática
Edu Cezimbra

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