Porto Alegre, 30 de abril de 2017.
Edu Cezimbra
Blog de Eduardo Sejanes Cezimbra para escrever sobre a vida, rascunhando impressões, como se manuscrito com caneta-tinteiro e mata-borrão. "Escrevo porque preciso, publico porque amo."
NO GALOPE VELOZ DO PENSAMENTO
Fiz da língua minha ágil espada
Para contar o deslumbramento
De na Távola Redonda por morada
Permanecer ao lado dessa senhora
Guinevire, minha dama apaixonada.
Fez de mim seu valente cavalheiro
Para na batalha ter seu lenço por bandeira
Por escudo sua boca de dentadura faceira
E como mote um coração de aventureiro.
Mote e glosa do poeta de cordel Assis Coimbra:
Pra lendária Avalon eu viajei
E entrei para o *exército de Arthur,
Rei bondoso que com sua *excalibur
Tornou-me Lancelote em sua *grei.
E fiel escudeiro eu me tornei
Para ver Guinevire, em tal momento.
Só que ao *vê-la, foi grande encantamento
Que ali mesmo fiquei *paralisado.
Mas depois por ela fui muito amado,
NO GALOPE VELOZ DO PENSAMENTO.
"Quem sou eu para para emitir juízos sobre as tramas do maligno, especialmente", acrescentou, parecendo querer insistir nesse ponto, "em um caso em que os que tenham dado início à inquisição, os bispos, os magistrados civis e todo o povo, talvez até os próprios acusados, desejavam verdadeiramente sentir a presença do demônio? Bem, talvez a única prova verdadeira da presença do diabo seja a intensidade com que todos, naquele momento, desejam sabê-lo em ação..."
Em tempos de vacas magras quem engorda é o tubarão.
Em casa de ferreiro espeto de ferragem.
Na descida todo santo usa o freio motor.
Pau que bate em Chico não bate em Francisco.
Uma mão lava a outra se tiver água e sabão.
O homem é o lobo do lobo.
Se a farinha é pouca vá comprar mais.
Água mole em pedra dura tanto bate até que acaba.
Mais bonita que laranja de supermercado.
Em rio que tem piranha jacaré não passa fome.
São judas por todo lado,
Fica fácil a delação
De tantos judas brasileiros.
Não vai faltar malhação,
Difícil é achar paneleiros.
Tem aos magotes no congresso,
No tribunal também tem,
De pilatos se fazendo
Porém não enganam ninguém.
Na mídia são como bolacha,
Em qualquer canto se acha,
Avisa lá se esqueci de alguém...
Eu quis cantar
Minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Mandei fazer
De puro aço luminoso um punhal
Para matar o meu amor e matei
Às cinco horas na avenida central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer
Cena brasileira:
em roda de samba,
capoeira
ou poesia,
sempre bate um pandeiro
seja noite, seja dia!