"Foi lá por 85"
Edu Cezimbra
Blog de Eduardo Sejanes Cezimbra para escrever sobre a vida, rascunhando impressões, como se manuscrito com caneta-tinteiro e mata-borrão. "Escrevo porque preciso, publico porque amo."
A Lua e as estrelas
estavam se admirando
no lago, ontem à noite...
"Porque altas estão"
saltos ornamentais
deram na serena
água do lago,
as estrelas e a Lua,
a se banhar...
A poeta Adélia Prado chorou
ao ler um poema
do Carlos Drummond de Andrade.
Chorou em uníssono
cada palavra lágrima
na folha do livro.
Cada palavra dissolvida
na gota salgada de saudade
rolava na página borrada.
E deixava no poema
e no poeta
manchas marcadas de amor
à poesia.
- Mestre, o que é a vida?
- O Bolt correndo os 100 e os 200 metros rasos, pequeno guepardo.
- Mestre, o que é a vida?
- Tem assistido às corridas com obstáculos, pequena rã?
- Mestre, o que é a vida?
- Já viu o salto à distãncia, pequeno canguru?
- Mestre, o que é a vida?
- A vida é um salto com vara, pequeno gafanhoto.
- Kazaquistão, Kirguistão, Uzbequistão, Azerbaijão, quanto atleta olímpico campeão.
- Tucanistão, campeão da corrupção...(Mestre Sócrates Magno)
Pai nosso que está
Na Terra
Nos deixa cair
No Mundo
Nos livra das mães
Superprotetoras
Agora e na hora
Do nosso orgasmo
Axé!
"Só quem se dedicou apaixonadamente a um livro sabe que ele lhe pertencerá para sempre, mesmo que não possa recordá-lo"
"Um leitor é alguém que carrega clandestinamente as palavras que leu".
"Se tu és neutro em situação de injustiça, tu escolheste o lado do opressor."
Ser mulher, vir à luz trazendo a alma talhada
para os gozos da vida, a liberdade e o amor,
tentar da glória a etérea e altívola escalada,
na eterna aspiração de um sonho superior…
Ser mulher, desejar outra alma pura e alada
para poder, com ela, o infinito transpor,
sentir a vida triste, insípida, isolada,
buscar um companheiro e encontrar um Senhor…
Ser mulher, calcular todo o infinito curto
para a larga expansão do desejado surto,
no ascenso espiritual aos perfeitos ideais…
Ser mulher, e oh! atroz, tantálica tristeza!
ficar na vida qual uma águia inerte, presa
nos pesados grilhões dos preceitos sociais!