Miguel Sanches Neto em A Segunda Pátria faz esta generosa concessão ao leitor apaixonado por um livro:
"Só quem se dedicou apaixonadamente a um livro sabe que ele lhe pertencerá para sempre, mesmo que não possa recordá-lo"
E, assim, define esta figura anônima e esperada:
"Um leitor é alguém que carrega clandestinamente as palavras que leu".
Já o escritor é um receptador de palavras.
Vai polindo as palavras, dando nelas um lustro com frases lapidares para que adquiram brilho.
O livro é um cofre que o escritor almeja aberto pelo leitor.
Se bijuteria, falso diamante, pedra preciosa, ouro ou prata, quem decide é o sentimento do leitor por mais que se lapide a palavra.
Por isso, ao leitor, a última palavra.
Porto Alegre, 09 de agosto de 2016.
Edu Cezimbra
Foto: Ativismo, Poesia e Arte
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