"Rei morto, rei posto" ou "O rei morreu, viva o rei", duas máximas auto-explicativas. Parece óbvio e natural que assim seja.
Até que alguém grite no funeral: "rei morto, presidente eleito" causando um estupor na nobreza e no clero.
No Brasil às vésperas de ter uma presidenta deposta, qual seria o grito após golpe que deixaria estupefatos a nobreza agrária e o baixo clero e estragaria a festa? "Presidente deposto, Congresso dissolvido", talvez; ou "presidenta deposta, novas eleições" proporiam os espíritos mais democráticos.
Mas essas medidas ficam mais parecidas com as duas máximas iniciais, não
lhe parece? Ou seja, qualquer medida tomada nesse cenário atual da
política brasileira apenas reforça a continuação de um modelo
democrático de baixa intensidade e pouca representatividade.
Como escapar deste beco sem saída? O diretor teatral Antunes Filho disse em entrevista à Revista Cult que quando a política brasileira se torna uma farsa é preciso um Hamlet para denunciar essa farsa: " Presidenta deposta, chama o Maduro (ou o Erdogan)".
Como escapar deste beco sem saída? O diretor teatral Antunes Filho disse em entrevista à Revista Cult que quando a política brasileira se torna uma farsa é preciso um Hamlet para denunciar essa farsa: " Presidenta deposta, chama o Maduro (ou o Erdogan)".
Porto Alegre, 23 de agosto de 2016.
Edu Cezimbra
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