Mulheres gritam alto em uníssono
Ao despertarem em nova aurora
De longuíssimo e brumoso sono
Pleno de sonhos primevos de outrora.
Homens tem pavor desse forte coro
Cantando suas dores e agruras
Vozes femininas erguem-se às alturas
Bradando a perfídia da falta de decoro.
Clamando pelo adiado devido respeito
Exigem portanto nada mais, nada menos
Que a plenitude de seus plenos direitos.
Já é chegado um novo tempo, assim acho,
O dia tingido de sangue, pranto e númeno
Anunciando o negado crepúsculo do macho.
Porto Alegre, 4 de janeiro de 2024.
Imagem:Fernando Albarran, Medeia
Edu Cezimbra
Maravilhoso!
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