Quem não ouviu falar ou já não leu o clássico "Orgulho e Preconceito" da escritora inglesa Jane Austen.
Ouso mudar o título dessa breve crônica para "Conceito e Preconceito" (não necessariamente nessa ordem).
Diga-se, desde já, que conceito não é sinônimo de orgulho, como bem sabemos.
Entretanto, o que é alguém com conceito? - é uma pessoa conceituada, pois não?
Então, o conceito da pessoa diz muito...
A palavra pessoa é derivativo de "persona" que ressoa através da máscara social.
Se a máscara oculta ou não o orgulho eis a questão.
O preconceito, de acordo com Jane Austen, anda junto com o orgulho.
Já o conceito, logicamente, vem depois do preconceito. Está explícito...
Uma pessoa que se tem em "alto conceito" necessita do preconceito para tanto.
Há que manter as aparências para justificar os preconceitos de classe, gênero, raça e outros.
Não à toa os preconceitos que fundamentam o colonialismo, o imperialismo e outros "ismos" obtiveram o aval de "conceitos" autodenominados "científicos".
Vejam só que invertida na história: "conceitos" embasando preconceitos...
Como já disse Maturana: "tudo que é dito é dito por alguém".
Digo eu: esse alguém não é um "zé ninguém"...
Porto Alegre, 17 de junho de 2024.
Imagem:Pinterest
Edu Cezimbra
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