"Se pudesse mandar uma fotografia minha a quem fui o que pensaria ele sobre mim?", pergunta-se José Luís Peixoto, no livro "O Caminho Imperfeito".
O que fui não me reconheceria, absolutamente - respondo eu.
Até porque a criança que fui não possui boas memória...
Aliás, só posso ser o que sou porque o que fui me esqueceu.
A memória do que fui escapa até do que sou.
O que sou não importa a quem fui.
Logo adiante, José Luís Peixoto pergunta:
"O que teria aquele que fui a dizer sobre aquele que sou?"
Eu diria a mim mesmo: - não falo com estranhos...
Porto Alegre, 26 de novembro de 2025.
Imagem: Pablo Picasso, Google
Edu Cezimbra

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