"Yo no creo en brujas, pero que las hay, las hay", colocou Cervantes o atual dito popular, na boca de Sancho Pança.
O crente é o maior descrente de tudo em que não acredita, não é verdade?
Parece óbvio, mas essa anedota é ilustrativa da questão...
Um certo crente morreu e, claro, foi direto pro céu. Chegando lá, deparou-se com um senhor barbudo com uma chave na mão e um aro na cabeça.
- Este não é o meu céu!, exclamou o convicto crente, - o Céu dos Crentes não tem papa, santo e orixá!
Pedro que nesse momento conversava com um grupo de amigos das mais altas esferas, entre eles Papas, Santos e Orixás, ouviu a reclamação do crente e piscou o olho pra Satanás:
- Esse aí não é muito crente, não...está vendo muito Papa, Santo e Orixá.
- Xá comigo, Pedrão, vou levar ele pra um tour no Inferno dos Crentes, logo ele vai pedir pra voltar pro Céu, mesmo com todos esses Papas, Santos e Orixás.
- Combinado, Luciferino, já que em ti todo crente acredita...
Se Sancho Pança ouvisse essa anedota exclamaria: "Yo no creo en crentes, pero que los hay, los hay"...
Porto Alegre, 22 de fevereiro de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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