Distante de tudo e todos em meu desterro
Voluntário permaneço próximo de forte dor,
Vagando ao léu, perdido, sem destino erro
Por descaminhos ermos seja pra onde for.
Deixo sem olhar para trás tudo o que tenho
Para depois sem olhar em frente me perder.
Carrego comigo um rijo cajado de bom lenho,
Apoiado nele, passo a passo, sem me deter
Prossigo vagabundo e mudo, sem rumo certo,
Afastando de mim tudo o que já não lembro,
Pois por mais que esqueça não te quero perto
Nesta fuga, sem fim e meta, a que me imponho
Ao pressentir longínqua e fria minha amada
A quem dedico para além e sempre todo sonho.
Porto Alegre, 5 de fevereiro de 2019.
Imagem: Pinterest
Edu Cezimbra
Nenhum comentário:
Postar um comentário