- Sua identidade, por favor…
- Não tenho mais identidade.
- Perdeu?
- Sim, agora tenho diversidade!
- Como assim?!
Um diálogo desses,
que eu saiba, é inédito. Mesmo quem “muda de sexo” pretende uma
identidade social, nada mais justo.
O funcionário que
pediu a “identidade” está exigindo a “carteira de identidade”
do cliente, usuário, etc. Uns chamam como mesmo? RG, se não me
engano… Deve ser “registro geral”, não?
Sem o RG, não posso
prosseguir com o procedimento (nem mesmo a venda de uma passagem de
ônibus, hoje em dia é comprada sem ele).
A identidade tem a
ver com o que é idêntico, igual, certo?
O orgulho da mamãe
é que o filho é idêntico ao papai...quando não o guri da música:
“saiu igualzito ao pai”. Já imaginou se o guri “muda de sexo”
que choque para o gauchão de Bagé!
Aí, acho eu, o RG
deveria se chamar “carteira de diversidade” para ser
politicamente correto... ou não? Acho que aí está mais para
“politicamente incorreto”…
É comum mudar de
nome, naturalmente. José vira Maria (sem alusão aos Zés Marias) …
Exceção é a cartunista Laerte, que “mudou de sexo” sem mudar o nome, mas aí é para
manter o nome artístico.
Mas voltando à
questão da identidade versus diversidade…
Diversidade tem a
ver com divergente, não tem? Então, quem defende a diversidade opta mais pela liberdade do que pela igualdade, apanágio da identidade…
Um filósofo já
falou que “sempre que a igualdade nos oprimir devemos lutar pela
liberdade”, ou algo assim...nada mais verdadeiro no caso, concorda?
O recado é o
seguinte: não precisa “mudar de sexo” para defender quem muda.
O
que está em jogo é a liberdade e a vida - e, sim, os direitos humanos...
Porto Alegre, 11 de abril de 2018.
Imagem: Portal Imprensa
Edu Cezimbra
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