Um filme tocante sobre a vida e a obra da pintora Maudie Lewis.
Maudie é uma mulher com uma doença crônica degenerativa, a artrite reumatóide.
Ao começar a assistir o filme, logo me lembrei do "Meu Pé Esquerdo", filme da década de 80.
Maudie ainda mantém, embora com muita dificuldade, o controle de seus membros superiores e inferiores.
Pintar, para Maudie, era uma maneira de lembrar da sua infância, mais ainda, de inventar um mundo pleno de cores e vida na sua gélida e cinzenta Nova Escócia.
Embora tenha saído da casa de sua tia não fugiu de seu destino, indo trabalhar e morar com um rude vendedor ambulante de peixes, em uma pequena casa sem água encanada e eletricidade.
Casou com o ermitão e terminou por assinar seus quadros como Maudie Lewis, ou apenas Lewis.
A mim, o filme emocionou por contar uma história de vida em que mais que a superação das dificuldades físicas, das interdições familiares e dos preconceitos sociais aparece fortemente a vocação artística, como libertação espiritual.
Maudie nunca ensinou a sua técnica original de pintar, mas nos ensina que olhar por uma janela e ver pássaros a voar é uma forma de "enquadrar o todo da vida".
Maudie é uma mulher que ensinou, isso sim, o amor ao seu homem.
Maudie pintava a primavera na sua janela, ao invés de acender velas no inverno.
Muito obeigada por me apresentar o trabalho desta grande mulher .uma obra artistica.
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