Zaratustra, o profeta, regressou do deserto para a Babilônia.
Parou no primeiro jardim suspenso para saciar a sede, matar a fome e comprar umas roupas de sua marca.
Um filósofo que por ali flanava não se conteve e criticou Zaratustra.
- Profeta de araque! Vens aproveitar na cidade o que criticas no deserto!
O profeta terminou de comer sua esfiha do Ali Baba's e de tomar seu suco de tâmara para depois redarguir.
- Nem só de pó vive o homem...
Um poeta que desfrutava o ar condicionado do jardim suspenso ouviu as sábias palavras de Zaratustra.
Correu até sua tenda e gravou na pedra a máxima lapidar do profeta (com perdão da redundância) ...
" Nem só de pão vive o homem."
Após, contente com sua obra-prima exclamou:
- Zaratustra assim falou e disse!
O filósofo que voltava do shopping, digo, do jardim suspenso da Babilônia, ouviu sua apologética e o corrigiu:
- Assim falou Zaratustra.
Moral do apólogo: cada qual ouve o que quer de acordo com o seu interesse.
Porto Alegre, 22 de julho de 2021.
Imagem: Farofa Filosófica, Pinterest
Edu Cezimbra
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