O livro de José Saramago foi transformado em filme por Fernando Meirelles.
Ambos são obras-primas, cada qual com méritos próprios.
O "ensaio" já é assustador, que dirá a realidade que alegoriza.
No ensaio, as pessoas perdem a visão.
A realidade é mais preocupante, diante do número de pessoas que se negam a ver a dura realidade.
No ensaio, quando a regra é a cegueira, a exceção é a mudez.
Na realidade, a cegueira é complementada pela tagarelice.
O que se mente, descaradamente, não está no gibi, digo, no livro e no filme.
Evidente que Saramago denuncia isso, em seu estilo peculiar, de maneira alegórica.
Enquanto viveu, Saramago manteve sua aguda visão de mundo sobre as tragédias da globalização neoliberal.
Atualmente, em meio da cegueira negacionista, temos intelectuais e cientistas alertando sobre os riscos de prosseguirmos cegamente em direção ao abismo.
Resta saber se além de cegos não estaremos surdos também...
Nenhum comentário:
Postar um comentário