sábado, 11 de dezembro de 2021

A Lua e o Vagalume

 


O Vagalume se apaixonou pela Lua. 

Cheia, que quando Minguante o pequeno Vagalume nem via a Lua...

Uma noite de Lua Cheia pegou carona numa cauda de foguete, voou o mais alto possível, para declarar o seu amor.

- Ó, Lua, tu que és a mais bela estrela do céu, eu quero ser o Sol que te alumia.

A Lua Cheia, entre enternecida e divertida, não quis menosprezar o apaixonado Vagalume.

- Vagalume que me alumia, seria muito bom ser tua consorte, mas sou casada com a Terra.

- Com a Terra?!! - indagou, não conseguindo esconder sua confusão o pobre Vagalume.

- Sim, andamos juntas desde que nos formamos no curso de eternidades e, desde então, tenho muita atração pela Terra.

Percebendo a decepção do inocente Vagalume, a compassiva Lua Cheia procurou consolá-lo.

- Um vagalume só não consegue me iluminar, mas muitos fazem a noite mais romântica.

Foi depois disso que até a Lua Cheia se esconde atrás das nuvens para espiar os vagalumes a brilhar feito estrelas da Terra.

Moral da fábula: todos temos um brilho próprio.  


Porto Alegre, 11 de dezembro de 2021.

Imagem: Luiz Carlos Crocamo, Google

Edu Cezimbra

Nenhum comentário:

Postar um comentário