Venham as esperadas águas
De março com toda força
Pra limpar toda mágoa
De quem se esforça
Em ser filho de uma égua
Na cidade ou na roça.
Já era hora de lavar a alma
De tanto ódio sem sentido
De tanta água parada e má
Causando dor e gemido
Por quem não se acalma
Pelo que é passado já vivido.
Agora não peça nem conte
Com uma injusta anistia
Quem fez de tanta morte
Seu constante dia a dia
Fazendo da tragédia mote
Pra rir da desgraça alheia.
Porto Alegre, 2 de março de 2024.
Imagem: Erick Lima, Pinterest
Edu Cezimbra
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