"O Agente Secreto" não é agente nem secreto.
Um pesquisador universitário vira um clandestino em seu próprio país.
Um filme não precisa ser panfletário nem engajado politicamente para escancarar uma página trágica da História do Brasil.
Basta contar uma história pessoal de alguém perseguido por um fascista mas que a todos diz respeito.
O motorista do fusca amarelo ao parar em um posto de gasolina testemunha uma cena absurda...
O cadáver há dias putrefando próximo ao posto de gasolina é um símbolo mórbido de tudo de podre naquele Brasil dos "anos de chumbo".
Há mais interesse no fusca amarelo do que no morto.
Mortos e desaparecidos têm aos montes...
É nesse clima pesado que se desenrola a trama de "O Agente Secreto".
Eis um filme com pouca ação e muita revolução...
Porto Alegre, 6 de dezembro de 2025.
Imagem: cena do filme, Google
Edu Cezimbra

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