Quase quinhentos quilômetros nos separam,
Alegrete da minha criança.
Mas não há distância
Que separe minha lembrança
De ti, cidade da minha querência.
Caminho por tuas ruas e praças
Como quem volta ao passado
E me reencontre em cada passo.
Estás bem ali de novo com tuas histórias
Singelas mas marcantes para minha memória.
Foi por sonhar acordado em tuas esquinas
Que inventei o meu mundo,
Cheio de imensidões e estreitezas simultâneas.
Foste um trampolim para saltar fora
Com identidade, intenção e sentido.
Porque contigo aprendi o desejo de ir longe
Deixando por ti saudade, sentimento e desejo,
Cidade pequenina, de tantas lonjuras e vastidão,
De tantas idas e vindas em meu viver andejo.
Nem sempre ao teu encontro, mas contigo no coração.
Porto Alegre, 26 de julho de 2016.
Edu Cezimbra
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