Basta inverter a ordem dos termos para nos darmos conta da falácia do slogan "escola sem partido": escola sem partido, partido sem escola...
A escola sempre foi e sempre será sem partido; aqui no Brasil ainda se pode falar: sem biblioteca, sem professor, sem merenda, sem condições de ensino e aprendizagem, enfim.
"Escola sem partido" é uma boa jogada de marketing para certo setor reacionário brasileiro que pretende manter "tudo como dantes no quartel de Abrantes".
"O preço da liberdade é a eterna vigilância" (perdão, mais slogans), convenhamos, é aplicado à risca pelos conservadores como se constata no patrulhamento ideológico a que se dedicam com fervor missionário.
A inversão dos termos me ocorreu por dois motivos semelhantes: não temos partidos no Brasil, muito menos escolas, na correta acepção dos termos...
E a pergunta que fica: a quem interessa não termos Escolas e Partidos no Brasil em sendo ambos apanágio da dita modernidade, tão proclamada quanto escamoteada nestas plagas?
Está aí um bom tema para a redação no ENEM, se tiver ENEM...
Porto Alegre, 07 de julho de 2016.
Edu Cezimbra
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