Meu lugar no mundo é um ponto,
Ou melhor, uma linha;
Dá até para preencher uma página,
Se me estender, uma folha;
Talvez até um caderno.
São tempos modernos
Onde nada é eterno.
Quem me dera ser grande
Pra caber em tudo,
Ficar do tamanho do mundo.
Escorrer pelas frestas
Sem que desande;
Agachar nas nuvens,
Para manter o penteado
Evito o vento tornado.
Deito em um berço esplêndido.
Esparramo meu corpo imenso
Na espuma do oceano, colchão...
Sonho que sou gigante
E meu nome é Cristóvão.
Porto Alegre, 13 de setembro de 2017.
lustração: Thomas M. Balliet
Edu Cezimbra
Nenhum comentário:
Postar um comentário