Uma ravina verdejante bordeja um rochedo acolhendo vacas que pastam sossegadas.
Coxilhas altas limitadas por paredões de pedra parecem terraços construídos por mãos humana.
Cercas de pedra ladeadas por velhos cactus dão um toque agreste à paisagem.
Espinilhos dispersos formam uma savana no Pampa.
Adiante, um gaúcho à cavalo faz sua campereada diária, enquanto cavalos soltos confraternizam amigavelmente.
Acima de tudo, um sol de outono banha o Pampa com sua luz suave.
A Serra do Caverá se esconde nas brumas frias da manhã outonal lembrando "Honório Lemes", o "Leão do Caverá.
De repente, areias vermelhas cercam plantações de soja e eucaliptos, invasores do Pampa.
Nessa guerra desigual quem perde é o Pampa e seus habitantes à mercê dessa invasão avassaladora.
Se nada for feito, em pouco tempo não restará nenhuma paisagem do Pampa, a não ser um imenso deserto de areias vermelhas...
Bagé, 26 de março de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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