segunda-feira, 18 de março de 2019

O sujeito e os objetos


A criança é o futuro.

O adulto é o presente.

O idoso é o passado.

Boas frases de efeito, ainda bem que as pessoas, independente da fase da vida,  tem passado, presente e futuro...

Óbvio que dependendo da idade uns tem mais passado, outros mais futuro, mas, enfim, todos temos um presente.

Até cabem umas perguntas: terá futuro uma criança a quem  é negada a educação e a saúde?

Terá presente um adulto que se vê desempregado sem nenhuma renda?

Que passado tem um idoso que se vê abandonado pelos seus familiares e pela Previdência Social?

Em que tempo vivem as pessoas amedrontadas, manipuladas e domesticadas?

Até na prosperidade econômica aparecem as crises existenciais; como disse Karl Marx: " És menos mas tens mais".

Digo eu: o sujeito nunca é feliz em uma sociedade de objetos, porque, como bem escreveu Alexander Supertramp, "a felicidade só existe quando compartilhada."

Assim, para termos nosso próprio tempo é preciso ser sujeito com o verbo compartilhar os objetos no presente, aí teremos um futuro... e um passado...



Porto Alegre, 18 de março de 2019.

Imagem: Pinterest

Edu Cezimbra

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