Um homem da caverna ria do quê? Era mais fácil, aparentemente, fazer "piadas de caverna", porque não havia o "politicamente correto" - nem o "incorreto"...
Um pintor de paredes de caverna riria de uma pintura mal-feita por um iniciante?
Acho que não... talvez tivesse respeito com o próximo...
O clichê pré-histórico do homem arrastando pelos cabelos a mulher para a sua caverna recém-decorada era motivo de piada?
Penso que não... talvez houvesse compaixão entre eles...
A queda de um companheiro de caçada faria o homem da caverna rolar de rir?
Sinto desapontá-lo, o homem e a mulher da caverna tinham um cuidado extremado com o outro.
Afinal, os homens e mulheres das cavernas não achavam nada engraçado? - pergunta o meu caro e raro leitor...
Possivelmente, a graça, para eles, estava na vida, transbordando nas brincadeiras de suas crianças e dos filhotes de animais sendo, aos poucos, domesticados.
É que o homem da caverna estava próximo da infância da humanidade e não tinha aprendido a odiar.
Não havia política nos grupos humanos, talvez houvesse uma insuspeita polidez...
Por isso, esse tipo de piadas de mau-gosto, do tipo Brucutu, que ri da desgraça alheia, está mais para "piadas de caserna".
Porto Alegre, 14 de março de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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