Uma bela borboleta botava seus ovinhos em um limoeiro quando se deparou com uma lagarta feia.
Gritou horrorizada, tamanho susto:
- Ai, que horror, tu és horrenda, toda gosmenta, que nojo!!!
A lagarta, toda humilde, desculpou-se constrangida:
- Oh, perdão, linda borboleta, não era minha intenção assustá-la, mas saiba que tu também já foste como eu...
- Ora, não te enxergas, como ousas? Eu, uma borboleta deslumbrante ser como tu, uma horrenda lagarta!
A lagarta ainda tentou explicar para a vaidosa borboleta o processo de metamorfose, pois era muito estudiosa, mas foi em vão.
A borboleta só queria esvoaçar por aí e não lhe deu a mínima, seguiu botando seus ovinhos toda serelepe.
Assim, distraída, não viu um passarinho que a levou no bico em pleno voo.
A lagarta, escondida entre as folhas do limoeiro, ruminou:
- Tadinha da borboleta, tão bela, mas de vida tão curta...
Moral da fábula: quem ignora seu passado não tem futuro.
Porto Alegre, 29 de agosto de 2019.
Imagem: Google
Edu Cezimbra
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