domingo, 19 de abril de 2020

As Maravilhas do Ano 2000


Maravilhas são privilégios para quem viver em um futuro muito distante, assim imaginam escritores de ficção científica do século XIX, entre eles, Emílio Salgari, autor de "As Maravilhas do Ano 2000".

Imagina helicópteros, sim, mas com asas de pássaros que batem ao voar.

Correios sem carteiros, sim, mas as cartas seguem escritas em papel.

"Delivery", sim, mas a comida vem por tubulações em um trenzinho.

Devido à superpopulação, os campos são totalmente cultivados, mas sem gado.

As roupas são de tecidos sintéticos, nada de origem animal, para alegria dos veganos.

Impressiona como Salgari acerta em cheio a data da II Guerra Mundial e o advento da bomba atômica, que em seu romance é a causa do fim das guerras.

Embora conhecesse o elemento químico rádio, solução energética mágica para aquecer e iluminar o mundo, não conhecia a radioatividade.

Ainda há uns anarquistas saudosos que de vez em quando incendeiam uma cidade, mas são logo reprimidos pelos bombeiros!

As notícias (jornal impresso) também vem por tubulações, mas a imaginação do escritor não chega ao ponto de prever a internet, embora antecipe uma espécie de telejornal com imagens das notícias.

O que me levou a imaginar como seriam "As Maravilhas do Ano 3000".

Não, espera, que digo, se seguirmos neste ritmo alucinante de "progresso" não haverá ano 2100, que dirá ano 3000...



Porto Alegre, 19 de abril de 2020.

Imagem: Google

Edu Cezimbra

Um comentário:

  1. Agora assistindo a um documentario sobre Eva Gardner e o sistema ditatorial de Franco... Lendo teu texto . nao pude deixar de inserir no contexto algumas Bonecas inflaveis...
    Soluçao pra um dos pecados Capitais "nao desejais a mulher do proximo"
    E pra a medicina
    Pois Freud estaria ultrapassado .
    Quem seria freudiano...?
    Pois bem nem tudo é perfeito diriam os ecologistas.

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