sexta-feira, 2 de setembro de 2022

À Luz de Antiguidades

 

Gostava que faltasse luz

No bolicho de meu pai

A noite se fazia solene

Enquanto o querosene

Era bombeado ao lampião

Na sua camisa de seda

Em brasa rendada e fofa.


Antigamente era assim

Usina era modernidade

Muitas vezes nos faltava.

Para o guri curioso e sonhador

A luz do lampião era mágica

Atraía seus olhares e mariposas

Esvoaçantes à luz da antiguidade.

 

Porto Alegre, 2 de setembro de 2022.

Imagem: Pinterest

Edu Cezimbra

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