Gostava que faltasse luz
No bolicho de meu pai
A noite se fazia solene
Enquanto o querosene
Era bombeado ao lampião
Na sua camisa de seda
Em brasa rendada e fofa.
Antigamente era assim
Usina era modernidade
Muitas vezes nos faltava.
Para o guri curioso e sonhador
A luz do lampião era mágica
Atraía seus olhares e mariposas
Esvoaçantes à luz da antiguidade.
Porto Alegre, 2 de setembro de 2022.
Imagem: Pinterest
Edu Cezimbra
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